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Neste tempo em que o tempo muda a todo momento, olho pela janela e vejo o passar do tempo, vejo como o tempo necessita de tempo. O tempo se fez tempo, no tempo certo, as suas mudanças se fizeram prevalecer. Não tenho tempo que o tempo me concede, tenho o tempo que imagina o tempo. O meu tempo é um tempo, que eu imagino ser o tempo.

 

O tempo é feroz, mas amável também pode ser o tempo, no seu tempo o tempo acontece, mas não no tempo que se deseja, no tempo do tempo. O tempo passa rápido, e ao mesmo tempo devagar, são dois tempos distintos que se encontram e se perdem ao mesmo tempo, convergem para o tempo, que o tempo deseja ter, mas o tempo é traiçoeiro, ele busca no tempo o tempo perdido. Tempo que se perde, tempo que se sente, tempo que não passa mas passa no seu devido tempo.

 

Olho o tempo a mudar, a renovar o que o tempo deixou, florescendo no tempo, o tempo se constrói, se renova com o passar do tempo, não tem tempo que não seja tempo, tem tempo que deseja ter mais tempo, mas o tempo é o tempo, e o seu tempo, não é o meu tempo.

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