Por muito tempo me escondi, de armaduras me vesti, no breu vivi.
Mas se esconder não é possível, pois a luz te busca e clareia.
Por muito tempo me escondi, do sofrimento passado revivi.
Mas o passado já não me incomoda, sobrevivi, e no presente me vi.
Por muito tempo não acreditei, que a felicidade há muito me esqueceu.
Esquecimento que me corroeu e como ferrugem me envelheceu.
Por muito tempo não acreditei, no que eu mesmo escrevia e sorria.
Sorrir de maneira livre, feliz, infantil e amadurecida pois assim vivi.
Por muito tempo, o meu tempo se extinguiu, a chama interna inexistiu.
A inexistência do ser, de saber que o viver eu vivi.
Por muito tempo, questionei o meu tempo, como se o próprio tempo viveu.
Viveu o momento de te encontrar, e neste curto tempo, saborear o próprio tempo.