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Com o rufar de asas, vejo o mar alcançar o céu, na busca do ar, do sol, que a me esquentar irá.

Como no primeiro olhar, me vejo a admirar, cada contorno do seu rosto, para numa máquina fotografar.

Deslizo minhas mãos em cada parte do rosto, pois como um cego, desejo gravar cada curva.

Olhos os olhos que me fitam, busco me aprofundar, me encontrar no reflexo deste olhar.

 

Na memória busco em arquivos tão bem guardados os momentos que desejo rever.

Como uma foto antiga, que de tanto admirar de amarelo está, assim me vejo a te fitar.

Nas suas mãos, calejadas pelo dia a dia da vida, vejo o cuidado e admiro a olhar.

Em um abraço apertado me vejo a buscar o ar, encontrando o seu perfume a me inebriar.

 

Como uma medusa, sou petrificado pelo seu olhar, seus cabelos ao vento me hipnotizam.

Olhar que me seduz, me faz pairar no ar, como uma águia a plainar.

Mas o rufar das asas me faz voltar do céu ao mar, me aprofundando neste mar.

Outro dia vira, outra vida a passar, e na busca novamente hei de estar.

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